segunda-feira, 28 de abril de 2025

Destaques da primeira reunião no Aureny IV para a construção de Plano de Bairro

No dia 26 de abril os moradores do bairro Aureny IV, em Palmas, participaram, da primeira oficina participativa e colaborativa com a perspectiva de construção de um Plano de Bairro.


Acompanhe um resumo deste encontro com os principais destaques, clique abaixo: 





domingo, 27 de abril de 2025

Moradores do Aureny IV debatem o futuro em oficina que propõe a construção de Plano de Bairro

Em esforço colaborativo que visa dar voz direta à comunidade, moradores do bairro Aureny IV, em Palmas, participaram, sábado passado, dia 26 de abril, de oficina articulada pela Universidade Federal do Tocantins (UFT), o coletivo BRCidades, o Projeto Palmas Participa, e a associação de moradores local. A oficina que objetiva compreender as necessidades e desejos da população para o seu território, com a perspectiva de construção de um Plano de Bairro, foi um desdobramento da "Agenda Popular pelo Direito à Cidade" realizada em 2024 em setores periféricos de Palmas. 
Como explicou uma das organizadoras, Giovanna Ferreira, integrante do BRCidades: "O direito à cidade diz respeito a você poder fazer parte de um ambiente urbano mais justo, mais acolhedor e com maior qualidade de vida.” 
O cerne desta atividade é a concepção do Plano de Bairro como um "planejamento insurgente". Karine, da Secretaria Nacional do BRCidades, enfatizou que a atividade busca "conseguir pensar alternativas de mudanças". Ela destacou a importância de "entender todas as dificuldades e as problemáticas que estão acontecendo dentro do bairro" e, principalmente, "pensar nas soluções juntos" e enfatizou que os moradores devem ser os "agentes de transformação desse território".
O Professor Bazzoli, coordenador do Projeto Palmas Participa da UFT, detalhou o envolvimento acadêmico nesta ação. Ele mencionou que a UFT, através do programa de pós-graduação em Desenvolvimento Regional e do curso de Direito, está empenhada em atuar no Aureny IV durante todo este ano. Pontuou que a Universidade pode contribuir na construção de documentos que possibilitem qualificar tecnicamente as reivindicações da comunidade. Destacou, entretanto, que a participação efetiva dos moradores na construção desta proposta é essencial, "A universidade não faz absolutamente nada sozinha," disse o professor.

Durante a oficina, os participantes se dividiram em grupos para realizar um "mapeamento afetivo" do bairro. A atividade visava identificar locais com memórias felizes e tristes, relacionando-as, também, aos direitos que a comunidade, vivencia ou não, em seu espaço. 

Renato Rodrigues, estudante de Arquitetura e Urbanismo da UFT, e Taynnara Oliveira, mestranda do PPGDR, conduziram esta etapa do mapeamento afetivo. Renato explicou que a ideia era entender "como que a gente se sente no bairro, quais são as suas memórias, como que a gente se comporta, o que que a gente faz e quem que a gente é, dentro deste contexto". Larissa, ativista do BRCidades, complementou que o mapeamento também deveria abordar o "direito dos moradores em relação a viver nesse lugar", questionando a existência de segurança, educação, transporte, limpeza, coleta de lixo, e a condição de lotes baldios.

A atividade revelou um rico panorama do território do Aureny IV, combinando história e desafios atuais. Uma linha do tempo foi construída com marcos históricos, como a chegada do asfalto, a construção de postos de saúde e praças, e momentos comunitários como festas de aniversário do bairro.
As memórias afetivas e as indignações se entrelaçaram nos mapas. Pontos de felicidade incluíram ruas de brincadeiras, espaços de acolhimento como escolas infantis (Semei) e o antigo centro comunitário (Caíque). No entanto, muitos pontos de tristeza foram identificados, frequentemente ligados à falta de infraestrutura, segurança e lazer. A sobrecarga das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), que atendem moradores de outros bairros, foi uma queixa comum.

Uma moradora expressou sua insatisfação com a transferência de uma Unidade de Saúde que atendia sua quadra Aureny IV, para o Aureny I. Outras questões levantadas incluíram a mudança no sentido do ônibus que impactou o comércio local, acidentes na entrada do bairro, problemas de drenagem urbana ligados ao aterramento de um córrego e a horta comunitária abandonada. 

Alexandre, do mandato coletivo "Somos" na Câmara de Palmas, colocou o gabinete do coletivo à disposição para auxiliar em requerimentos pontuais e urgentes. Ele vê o Plano de Bairro como algo que futuramente pode se tornar uma lei municipal. Wânia, presidente da associação de moradores, reforçou a necessidade da "vontade política" para atender às demandas populares, lamentando a ausência de representantes do poder público convidados para a oficina, como o subprefeito da região e um vereador morador do bairro. Ela elogiou o trabalho técnico da UFT e do BRCidades como "muito rico" e fundamental para munir a comunidade e os próprios políticos com informações detalhadas sobre o bairro.

O primeiro encontro marcou o início oficial da construção do Plano de Bairro. Novas oficinas estão agendadas para 10 de maio (com tema saúde coletiva) e 28 de junho. A organização chamou a atenção para a necessidade da participação popular, pedindo que cada morador presente convide seus vizinhos para os próximos encontros. 

A mensagem é clara: o sucesso do Plano de Bairro e a concretização das melhorias propostas para o Aureny IV dependem diretamente da mobilização e do engajamento da comunidade.

sexta-feira, 25 de abril de 2025

Plano de Bairro do Aureny IV - Desafios e perspectivas

Neste sábado, dia 26 de abril, às 14h 30min, acontece na sede da Associação de Bairro do Jardim Aureny IV a primeira reunião comunitária para a construção do Plano de Bairro. 

O Plano de Bairro é um instrumento de planejamento urbano que estimula a participação da população na identificação de demandas, elaboração de propostas de melhoria do seu bairro e na construção de ações, com o intuito de efetivar propostas que serão elaboradas.

Portanto, amanhã, será assentado o tijolo angular desta construção, a partir dele virão outros com os resultados dos encontros mensais que objetivam unir o conhecimento técnico ao saber empírico do território. Estes encontros ocorrerão por meio de programação com metodologias de aprendizagem colaborativa e as necessárias incidências políticas e culturais.

Neste processo será importante a participação dos moradores, para além disso, o reconhecimento que a sua contribuição será primordial para obtenção do resultado esperado: um bairro melhor para se viver.

A presença do morador será primordial para fortalecer o sentimento de pertencimento local e para projetar a ideia de que somar os interesses colocará o Plano de Bairro no rumo ao Direito à Cidade, em sua essência.


Lembramos que antecedeu a este primeiro encontro, que será realizado amanhã, várias reuniões técnicas de formatação de propostas de conteúdo e estruturação metodologica adequada ao diálogo e a escuta ativa.

Também ocorreu uma visita ao setor no dia 14 de abril, realizada pelos alunos do Curso de Arquitetura e Urbanismo, sob a orientação da Professora Fernanda Abreu.

Veja a reunião na íntegra abaixo: