terça-feira, 26 de julho de 2016

Monitoramento Global da Expansão Urbana passará a ser realidade

O relatório preparatório para o HABITAT III elaborado pela ONU diz que "A Terra não é plana; é urbana" e pede uma nova agenda para cidades, em razão da tendência global do crescimento desordenado das cidades resultar na informalidade periférica.
Neste sentido destaco que em outubro deste ano, na reunião mundial em Quito, será apresentada uma ferramenta científica de monitoramento da expansão urbana global, que foi desenvolvido, testado e aplicado, em colaboração tripartida entre a UN-Habitat, o Programa de Expansão Urbana da Universidade de Nova York (NYU) e do Lincoln Institute.

Este trabalho utilizou uma amostra representativa de 200 cidades (entre elas Palmas/TO) em todo o mundo, para que fosse acompanhado e interpretado as tendências relativas a aspectos da vida urbana tão diversas, como o ar e qualidade da água, o tempo que leva para viajar de casa para trabalho, a proximidade física com o emprego, a acessibilidade da habitação e acesso ao espaço público agradável.

Interessante salientar que enquanto o mundo continua a urbanizar a um ritmo alarmante, não se observa o efeito dessa urbanização na vida das pessoas. De acordo com a UN-HABITAT, desde 2007, mais da metade da população mundial vive em centros urbanos e cidades, e até 2050, 70% (por cento) da população, projetada em 9 bilhões de pessoas, será de moradores urbanos
.
O objetivo deste trabalho foi o de estabelecer uma compreensão científica de como as cidades do mundo estão crescendo, medir o desempenho e identificar as tendências para a implementação de uma Nova Agenda Urbana. Passaríamos então, neste contexto, a tratar da "ciência das cidades” retirando a influência política e as meramente econômicas sobre as decisões de planejamento da cidade. Segundo Joan Clos, diretor executivo da UN Habitat, precisamos conhecer "as cidades” compreender “como se formam” sobretudo entender que “os efeitos da urbanização sobre a qualidade da vida humana deve agora ser tratado como uma ciência".

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